O caso das duas irmãs, de 13 e 9 anos, que haviam alegado ter sido sequestradas e uma delas abusada por um homem enquanto se dirigiam à igreja, ganhou uma reviravolta surpreendente. O que inicialmente parecia ser um relato dramático de abuso e sequestro agora tem uma versão totalmente diferente, que surgiu após novos depoimentos de testemunhas e familiares das menores.
Na manhã da última terça-feira, os pais das meninas e outras testemunhas compareceram à delegacia e afirmaram que a história havia sido mal contada. De acordo com as novas informações, as meninas não teriam sido sequestradas, mas sim, passadas a noite na casa de um adolescente de 16 anos, que teria envolvimento com a irmã mais velha, de 13 anos. O adolescente, foi identificado como a pessoa com quem as meninas haviam estado durante a noite, contradizendo a alegação de sequestro e abuso por parte do homem que está preso (injustamente).
Apesar da nova versão, a delegada Noêmia Maciel, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, informou que o homem preso sob a acusação de sequestro e estupro permanece detido. No entanto, a prisão dele foi convertida de flagrante para preventiva, enquanto a investigação segue.
Com os novos relatos apresentados pelas testemunhas, as meninas foram encaminhadas ao Instituto de Perícia da Criança e do Adolescente, onde serão ouvidas por peritos, psicólogos e assistentes sociais.
RELEEMBRE O CASO:
As duas irmãs que desapareceram na noite de 8 de março, quando saíram de casa, no bairro do Jomar Moraes, com destino a uma igreja na região.
Por volta das 19h10, frequentadores do templo perceberam que as crianças não haviam chegado ao local. A família foi informada, realizou buscas pelo bairro sem sucesso e acionou a polícia pelo número 190. Na manhã seguinte, enquanto coletava informações com a viatura do CPU, a mãe das meninas recebeu uma ligação informando que elas haviam sido encontradas nas proximidades de casa.
Uma equipe policial deslocou-se até o local para averiguar a situação. Em depoimento, a irmã mais velha relatou que, a caminho da igreja, ambas foram perseguidas e capturadas por um homem, que as levou para uma residência cuja localização elas não souberam precisar. No local, a mais velha teria sido vítima de violência sexual, enquanto a mais nova foi submetida a uma substância química que a fez perder a consciência. As irmãs foram liberadas em uma área de matagal por volta das 9h do dia seguinte.
Segundo o relato da vítima, o suspeito já havia frequentado a residência da família em outras ocasiões e teria demonstrado intenções criminosas anteriormente.
Diante dos fatos, a polícia acionou outra equipe, que localizou o acusado em sua residência. O Conselho Tutelar foi chamado, e todos os envolvidos foram conduzidos à Casa da Mulher Brasileira para que as autoridades tomassem as medidas cabíveis.
