Os dois suspeitos do caso do carro com mais de R$ 1 milhão no porta-malas, abandonado na rua das Andirobas, no bairro Renascença, em São Luís, ficaram em silêncio durante o interrogatório na SEIC. Os depoimentos seriam colhidos na tarde dessa terça-feira(6), mas os suspeitos permaneceram calados.
Guilherme Ferreira Teixeira, ex-assessor do deputado estadual Fernando Braide, e Carlos Augusto Diniz da Costa, ex-funcionário da Prefeitura de São Luís, estavam com seus advogados. Sem responder nenhuma pergunta do delegado, foram liberados.
A defesa de Carlos Augusto informou que irá analisar as acusações para marcar uma nova data para depoimento. Já a defesa de Guilherme Ferreira aguarda acesso às acusações. A defesa de ambos não mencionou o envolvimento dos suspeitos no abandono do carro com mais de R$ 1 milhão no porta-malas.
A Polícia Civil do Maranhão cumpriu, na manhã dessa terça-feira, mandados de busca e apreensão contra Guilherme Ferreira Teixeira e Carlos Augusto Diniz da Costa. Guilherme dirigiu o carro, e Carlos Augusto se apresentou como dono do Clio no dia da apreensão. Foram apreendidos documentos e celulares para análise, visando entender a origem do dinheiro e seu trajeto até o veículo.
O Clio vermelho com mais de R$ 1 milhão estava estacionado em frente à empresa C. S. Loiola Braide, de propriedade de Clarice Sereno Loiola Braide, esposa de Antônio Salim Braide, irmão do prefeito e do deputado, que enviou um advogado à SEIC. A polícia também tenta identificar o motorista do Fiat preto, que aparece em imagens ‘resgatando’ Guilherme Ferreira
Teixeira. De acordo com informações, o veículo está registrado no nome da mãe do prefeito Eduardo Braide (PSD), falecida em 2010.
Identificar o motorista do segundo veículo é crucial para o avanço das investigações sobre a origem e o destino do dinheiro.