O ex-jogador de futebol Daniel Alves encontra-se diante de “poucas chances” de não ser condenado por estupro, após três dias de julgamento em Barcelona, conforme avaliação da imprensa europeia que acompanhou de perto o desenrolar do caso. As discussões em volta das comprovações e depoimentos, resultaram em uma análise desfavorável para o jogador, que foi levado ao banco dos réus após uma acusação de agressão sexual contra uma jovem em uma boate catalã em dezembro de 2022, podendo enfrentar uma pena de até 12 anos de prisão em caso de condenação.
O jornal francês Le Parisien destacou a “fragilidade” dos argumentos apresentados pela equipe jurídica do ex-atleta. Em uma reportagem intitulada “A frágil defesa de Daniel Alves”, o diário ressaltou o depoimento do réu, marcado por lágrimas, onde ele reforçou a tese de consumo elevado de álcool na noite do incidente, negando ter mantido relações sexuais sem consentimento e alegando ter conhecimento das acusações apenas pela imprensa.
Ao longo do julgamento, o Le Parisien observou que Daniel Alves ouviu “argumentos terríveis” vindos dos representantes da vítima “sem se abalar”. Por sua vez, o britânico The Guardian noticiou os relatos da equipe jurídica da vítima, descrevendo sentimentos de “angústia e terror” naquela noite, enquanto o jogador rebateu as acusações e negou o estupro.
Os jornais espanhóis El País e La Vanguardia destacaram declarações do jogador à Justiça, enfatizando que, segundo Daniel Alves, em nenhum momento a vítima teria pedido para que ele parasse e que os dois estariam “aproveitando” o momento.