A Câmara Municipal de Igarapé Grande aprovou nesta quarta-feira (9), o pedido de licença médica do prefeito João Vitor Xavier (PDT), que confessou ter matado o policial militar Geidson Thiago da Silva, no último domingo (6), em Trizidela do Vale. Com a decisão, a vice-prefeita Maria Etelvina assumiu oficialmente o comando do município.
O afastamento de João Vitor será de 125 dias e pode ser encerrado a qualquer momento, caso ele decida retornar ao cargo. Apesar da licença, o prefeito continuará recebendo seu salário integral de R$ 13.256,08 líquidos por mês. No pedido enviado à Câmara, ele alegou estar “profundamente abalado” e em necessidade de cuidados psiquiátricos, mencionando também ser paciente bariátrico.
João Vitor responde pelo crime em liberdade. Após se apresentar espontaneamente à Polícia Civil em Presidente Dutra na última segunda-feira (7), ele prestou depoimento e foi liberado, já que não havia flagrante. A Polícia Civil pediu sua prisão preventiva, mas o pedido ainda não foi analisado pela Justiça. Como prefeito, João possui foro privilegiado, o que pode levar seu julgamento a instâncias superiores.
A defesa sustenta que o prefeito agiu em legítima defesa, afirmando que o policial sacou uma arma durante uma discussão. No entanto, essa versão é contestada por testemunhas e pela investigação preliminar. O caso aconteceu durante uma vaquejada, após o PM pedir que João diminuísse a intensidade dos faróis de seu carro, que estariam incomodando o público. O prefeito declarou que usou um revólver calibre .38, supostamente dado por um eleitor dois anos antes, sem registro ou autorização legal. A arma ainda não foi localizada.
O caso segue em investigação e tem gerado grande repercussão no estado.

